O Plenário do Senado aprovou, nesta terça-feira (3), relatório da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) que autoriza investimentos, por meio de créditos, de €$ 50 milhões (cerca de R$ 390 milhões) à Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb).
O dinheiro virá de um fundo alemão e será usado no financiamento de projetos que irão garantir expansão no abastecimento de água, diminuição perdas de recursos hídricos na distribuição, melhorias em usinas de tratamento e implementação de programas de reaproveitamento de biogás na produção de energia elétrica.
Ao todo, ações devem garantir aumento na capacidade de abastecimento da rede para mais 300 mil habitantes e atingir outros 900 mil com melhorias no sistema de tratamento de esgoto da capital.
“Esse recurso será importante para garantir a diminuição dos custos da empresa, o que deve beneficiar o consumidor, e além disso vamos garantir abastecimento, especialmente em períodos de seca severa, como este que estamos vivendo. Quando defendi a medida pensei na pessoa vulnerável, a que está lá na ponta”, explica a senadora.
Redução de perdas
Segundo o relatório lido pela senadora, atualmente a Caesb registra 32,8% em perda de água na distribuição, número inferior à média nacional, de 43%. Com os recursos obtidos pelo aludido empréstimo, a empresa alcançará o percentual de 25% até 2033, adequando-se à meta prevista no Plano Distrital de Saneamento Básico – PDSB.
“Esse componente de redução de perdas é estratégico para a gestão do fornecimento de águas a sua população. Umas das características do Distrito Federal é a existência de períodos regulares de seca, nos quais a ausência de chuvas se estende por 120 a 140 dias consecutivos por ano, exigindo um gerenciamento mais eficiente dos recursos hídricos”, diz um trecho.
Ainda segundo o relatório, o programa de redução de perdas fará com que DF obtenha o fornecimento de água equivalente a um novo sistema produtor da ordem de 800 L/s, o que permitiria abastecer aproximadamente 300 mil habitantes, ao custo de R$ 300 milhões.
Biogás
O dinheiro também será utilizado para implementar a coleta e aproveitamento do biogás gerado na Estação de Tratamento de Esgoto Sul (ETE Sul), com sua utilização para a geração de energia elétrica e consequente redução de custos operacionais, além de contribuir consideravelmente para a redução da emissão de gases de efeito estufa.
Melhorias nas ETEs
Haverá também melhorias no sistema de tratamento de esgoto, com possibilidade de devolução da água já tratada à natureza, o que deve beneficiar 430 mil pessoas que moram na Asa Sul, parte da Área Central de Brasília, Núcleo Bandeirante, Guará I e Guará II, Cruzeiro, Octogonal, Sudoeste, parte do Lago Sul, Quadra QN-1 do Riacho Fundo, Setor de Indústria e Abastecimento, o SIA, parte de Águas Claras, Candangolândia, Cidade do Automóvel e Setor de Inflamáveis.
Haverá, também, investimento nas estações de tratamento de esgoto Norte, Paranoá, Recanto das Emas, e Brazlândia, os investimentos nessas estações, terão a finalidade de “melhorar a qualidade dos efluentes tratados que drenam para as bacias hidrográficas do Paraná, do São Francisco e do Tocantins”.
Essas Estações de Tratamento de Esgotos atendem à Asa Norte, Vila Planalto, parte da Área Central de Brasília, Lago Norte, Taquari, Vila Estrutural, Vila Varjão, Região do Torto, Paranoá, Itapuã, Recanto das Emas, Riacho Fundo II e Brazlândia, com população beneficiada estimada de 475 mil habitantes.
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