A negativa de parlamentares governistas em discutir um reajuste mais arrojado na tabela de imposto de renda demonstra propensão do governo em descumprir promessa de campanha, disse a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), em pronunciamento na Tribuna do Senado, na tarde desta terça-feira (9).
O discurso é uma referência a debate iniciado durante a manhã na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) sobre o Projeto de Lei nº 81/2024, o qual estabelece isenção de imposto de renda para quem recebe até dois salários mínimos por mês.
O PL, entretanto, não avança na discussão de um rearranjo das demais faixas salariais, o que causou estranhamento entre os parlamentares de oposição.
Ela lembrou que, durante campanha presidencial em 2022, o atual mandatário do Poder Executivo havia prometido isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil reais e disse que a postura do atual governo prejudica os trabalhadores.
“E aí leio aqui uma matéria do G1, de 4 de fevereiro, que diz o seguinte: A despesa total do governo avançou 12,45% em termos reais em 2023, ultrapassando a marca dos R$ 2 trilhões, algo que só havia acontecido anteriormente em 2020, ano marcado pela forte expansão de despesas extraordinárias relacionadas com a pandemia da Covid-19.Sem pandemia, esse desgoverno aumentou as despesas”, protestou a senadora.
Damares Alves lembrou, ainda, que apresentou duas emendas na Comissão. Uma delas incluiria os aposentados e pensionistas com mais de 65 anos na nova tabela defendida pelo governo. A outra solicitava o reajuste em todas as faixas da tabela a partir da inflação.
Ambas, segudo ela, no entanto, foram imediatamente rejeitadas pelo relator da proposta e líder do governo, senador Randolfe Rodrigues (Sem Partido-AP).
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